por
Rui Serra e Moura
Caramba! Nós hoje adquirimos e desfazemo-nos de música mais facilmente do que a escutamos.
Nós hoje, em apenas duas, somos capazes de descarregar largas dezenas de horas de música inteiramente grátis. Querem maior gratuitidade que esta? E tudo para as ouvir cheias de conversões, e compressões, e convulsões, muito frequentemente em altifalantes sem qualidade, fidelidade, resposta dinâmica, ou simplesmente graves.
Caramba! Nós hoje adquirimos e desfazemo-nos de música mais facilmente do que a escutamos.
Nós hoje, em apenas duas, somos capazes de descarregar largas dezenas de horas de música inteiramente grátis. Querem maior gratuitidade que esta? E tudo para as ouvir cheias de conversões, e compressões, e convulsões, muito frequentemente em altifalantes sem qualidade, fidelidade, resposta dinâmica, ou simplesmente graves.
Como é que
aqui chegámos? Paulatina mas rapidamente, em resultado da evolução
de múltiplas realidades adjacentes à própria Música, de que conto
vir a ocupar-me proximamente. Por ora quero apenas chamar a atenção
para o facto de toda esta “popularização”, “democratização”,
“disseminação”, que a Música sofreu no Séc. XX, ser ímpar e
não ter qualquer paralelo com outras formas de arte, como a
Literatura, o Teatro, a Pintura ou a Dança. O único paralelismo
possível é com o Cinema – uma forma de arte sincrética, recente,
e com pouca história portanto. Pelo menos comparativamente. Falta
apenas falar do tal “encanto mágico”, mas como hoje me falta o
espaço – ao contrário do que sucede na minha carteira onde
infelizmente ele abunda -, vamos deixar isso para a próxima
quinzena. Até lá.
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