O Estado da Arte – XIII:




Ter … mas de borla.
por Rui Serra e Moura

Caramba! Nós hoje adquirimos e desfazemo-nos de música mais facilmente do que a escutamos.
Nós hoje, em apenas duas, somos capazes de descarregar largas dezenas de horas de música inteiramente grátis. Querem maior gratuitidade que esta? E tudo para as ouvir cheias de conversões, e compressões, e convulsões, muito frequentemente em altifalantes sem qualidade, fidelidade, resposta dinâmica, ou simplesmente graves.


Como é que aqui chegámos? Paulatina mas rapidamente, em resultado da evolução de múltiplas realidades adjacentes à própria Música, de que conto vir a ocupar-me proximamente. Por ora quero apenas chamar a atenção para o facto de toda esta “popularização”, “democratização”, “disseminação”, que a Música sofreu no Séc. XX, ser ímpar e não ter qualquer paralelo com outras formas de arte, como a Literatura, o Teatro, a Pintura ou a Dança. O único paralelismo possível é com o Cinema – uma forma de arte sincrética, recente, e com pouca história portanto. Pelo menos comparativamente. Falta apenas falar do tal “encanto mágico”, mas como hoje me falta o espaço – ao contrário do que sucede na minha carteira onde infelizmente ele abunda -, vamos deixar isso para a próxima quinzena. Até lá.








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