"A fúria do vinil recupera prazeres antigos e transforma-os em novas experiências.
Tinha como missão encontrar os dois primeiros discos da Sade em vinil.
Admito que sempre tive um fraquinho por ela.
Uma paixão que de tempos a tempos levava-me a entregar a alma ao diabo e a socorrer-me do digital, á net para ser preciso.
Estava intransigente em conseguir uma cópia de época, nada de reedição digital e depois apresentada em um disco preto.
Consegui apanha-la nos seus dois primeiros vinilos - Diamond Life e Promise.
De seguida ouvi os dois LPs, sem parar, a não ser para mudar de lado.
O que pensava que fosse o recuperar de um prazer antigo tornou-se numa experiência nova.
Pois agora, num Gira-discos decente acompanhado por um sistema competente ouvi sonoridades, ambiências e registos de voz da Sade que nunca tinha apercebido.
Mais uma vez se prova que mais importante do que o disco ser novo, numa reedição aldrabada digitalmente, a grande melhoria sónica consegue-se em ter um Gira-discos, e tudo o que lhe deve acompanhar, actual e de a qualidade razoável.
O salto qualitativo de um Gira-discos actual em relação aos nossos que possamos ter tido com 20, 30, 40 anos consegue tirar dos discos de vinil informações e emoções que nos surpreenderão.
Eu fiquei surpreendido e ainda fiquei mais apaixonado pela Sade.
A fúria do vinil desperta e renova sempre grandes paixões. "
Pedro Miguel Pombo
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