Um novo enfoque - a Antropologia (também para Tótós)


A História da Arte – XXVII
por Rui Serra e Moura

Como julgo ter já aduzido mais do que suficiente argumentário a sustentar a tese de que a Música será de uma ancestralidade muito próxima da da própria espécie humana, e antes que me acusem de cegueira fundamentalista e de … ser um chato, irei agora virar o foco da Arqueologia, da História, e da Linguística, para a Antropologia.

Eu sei que já aqui tinha versado sobre esta disciplina ao me debruçar sobre a História da Arte, e que por ventura, esta minha afirmação poderá causar alguma perplexidade.
Mas permitam-me que vos ofusque e inunde com o brilhantismo e a profundidade de todo o meu vasto e incomensurável saber, que é quase tão grande como a minha humildade, e que vos explique que a Antropologia, sendo por excelência e como o próprio nome indica, a ciência cujo objecto de estudo é o Homem, fundamentalmente divide-se em dois campos de pesquisa: a vertente biológica ou forense, que é próxima da medicina e da investigação arqueológica ou da policial, - como a nossa conhecida Dr. Temperance Brennan, mais conhecida por “Bones”, tão bem exemplifica e personifica -, e a vertente cultural ou se preferirmos, etnográfica, que é a que estuda o Homem na sua Cultura. 

O estudo do Homem em Sociedade é do domínio da Sociologia.
E o objectivo é simples: uma vez atestada, a ancestralidade e a interligação da origem da Música com a do próprio Homem, ainda que não na profundidade que eu gostaria de ter, e que a formatação textual não me permite, (queixem-se ao Luis Santos, que é ele o ditador que me impõe este espartilho! E quando o fizerem, não se esqueçam de lhe sugerirem um aumento de vencimento aqui para o vosso escravizado escriba), importa agora procurar perceber qual a sua universalidade sob as perspectivas étnica e geográfica.

É como se uma vez investigada a dimensão Tempo, tenhamos agora de investigar a dimensão Espaço.

E é isso que me e vos proponho fazer em seguida.
Até breve.

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