Quinta-Feira foi noite de Bruce Springsteen




Em quase 3 horas de concerto, lembro-me de 4 pausas, de resto foi sempre a “aviar”, 
o Boss estava imparável.
Passou por praticamente todos os êxitos e ninguém 
arredou pé do Parque da Bela Vista.


Normalmente marco presença no Rock in Rio de Lisboa, gosto de chegar no final da tarde para ter algum tempo de me envolver no ambiente do festival. Olhar em volta, apreciar as manobras de marketing das marcas patrocinadoras deste evento que passa pela minha cidade a cada 2 anos. 
Acho que é o único lugar no mundo onde se passam horas numa fila para receber em troca uma bóia em forma de sofá, mas enfim...

Como de costume e, já com uma cerveja na mão começo o trajeto pela palco Vodafone, desta vez encontrei uns jovens "psychedelic rock" americanos (Black Lips) com uma energia estonteante que me prenderam uns bons minutos por aquelas bandas.

Desci para a Rock Street, mesmo em frente à tenda das Caipirinhas onde Mart`Nália contagiava uma multidão com as canções do seu pai, o grande Martinho da Vila, “ O Madalena, Madalena …..” um cheirinho a Brasil que sabe sempre bem.


Chega a hora de me aproximar do Palco Mundo, tudo pronto para os
“ Contentores” dos Xutos e Pontapés. 

O grupo de Rock português aqueceu o pessoal com uma mistura dos melhores temas com algumas das músicas mais recentes e mesmo com o Tim a ameaçar que “ Este ano não há nada para ninguém”  no final lá veio a Minha Casinha para todos mostrarem os seus dotes de cantor e colaborarem para um dos momentos da noite dos Xutos.

“Um agradecimento muito especial a todos vós, pois sem a vossa presença nada disto fazia sentido” " Até à próxima pessoal!" 
- Zé Pedro.
 



A poucos minutos  da meia noite entra em palco com uma garra do outro mundo Bruce Springsteen & os seus amigos da E Street Band.

Em quase 3 horas de concerto, lembro-me de 4 pausas, de resto foi sempre a “aviar”, o Boss estava imparável, passou por praticamente todos os êxitos e ninguém arredou pé do Parque da Bela Vista.

“Olá Lisboa, olá Portugal” e "one, two, three, four, come on …" e o ritmo aumentava a cada minuto que passava, braços no ar, as lanternas dos telemóveis, palmas, gritos e até alguns choros, tudo ajudava à festa. 
O publico acompanhava cada acorde, cantarolava todos os temas mas a partir de Born in the USA parece que tudo ficou ainda melhor, uma sequência de temas que marcam a história de Bruce até que chegou Twist and Shout a última com os E Street Band. 

Pelo meio ainda ouve tempo para um pézinho de dança com uma rapariga que subiu ao palco em Dancing in the Dark e a apresentação dos elementos da banda, lembrando os que já partiram com uma projeção de imagens no écran gigante. 

Um pouco antes das 2:30 Bruce Springsteen regressa ao palco para "one more for Lisbon" e fecha com This Hard Land. "Obrigado Lisboa, obrigado Portugal, obrigado Rock in Rio". 



Luis Santos

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