A fúria do vinil ataca nas novas gerações



Um pai trás a sua filha e pede-nos um conselho para um primeiro 
disco de vinil de jazz.


"Fomos confrontados com uma situação inesperada. Um pai trás a sua filha e pede-nos um conselho para um primeiro disco de vinil de jazz. 

Um pai recentemente fascinado pelo formato abastece-se de todo o vinil possível daquele pop-rock, e outras coisas, que nos acompanharam nos anos 70, 80, 90. Mas a filha, ao acompanhar este hobbie do pai, interessa-se pelas sonoridades do jazz tradicional que provavelmente lhe chegou aos ouvidos via net. Só pode. 
Menciona um nome: Miles Davis. 
Fiquei espantado. A música do Miles é tão diversa mas sugerimos um título de sonoridade mais leve, onde melódicamente pudesse apreciar as rotas do seu trompete. Round about midnight. Aceite de imediato. 



Oferecemos-lhe um outro, também marcante: Someday my prince will come.
O entusiasmo daquela miúda, não pela oferenda, mas por ter na mão um disco de vinil de alguém de que tinha tomado um gosto, muito fora do que seria normal para a sua geração, valeu muito.

Vale porque demonstra que há esperança para a fúria do vinil.

O que a fascinou? O registo sónico do trompete em ambiente jazzístico.
O que a impressionou? A sua apresentação sónica de um bom disco de vinil.
Há esperança para a fúria do vinil... "


Pedro Miguel Pombo



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