O Estado da Arte XXXV



A importância de melhor dizer
por Rui Serra e Moura

É evidente que o Estado da Arte, ao contrário do que muitos pensam, defendem ou imaginam, não deve ser confundido com o da Indústria.
Ou melhor dizendo, para ser mais específico e claro, o estado da Música, não pode nem deve ser confundido com o da indústria musical.
Confesso que não concluí isto tudo sozinho, mas também não precisei nem de substâncias estimulantes, nem de grande pesquisa ou auxílio bibliográfico: isto é uma evidência por si só. 

No entanto, os media – ou melhor dizendo, as agendas a que os media dão cobertura e tempo de antena -, não deixam de propalar a ideia de que como a indústria musical está em crise, a arte também está. Nada mais falso.
É certo que quase se deixou de vender música, ou melhor dizendo, fonogramas, ou melhor dizendo, CD’s, já que as vendas de fonogramas vinílicos não cessam de crescer a grande ritmo, tanto nos E.U.A. como no R.U., como creio que também na Europa e no Japão. 

Mas tomando por certa essa ideia de se ter deixado de vender música, devemos perceber que nem isso significa que as editoras – essas pobrezinhas, coitadas! – estejam moribundas à beira da extinção, nem que se verifique um declínio na criação e na produção musical, e nem sequer que a industria musical, - ou melhor dizendo, todas as industrias musicais, dado que como futuramente veremos, esta não é uma mas sim várias -, esteja em vias de desaparecer.
O que sucede é muito simples: apenas houve um bebé que perdeu a chucha, ou melhor dizendo, a…. 
É melhor não dizer. 
Até breve.



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