Complicações da Pré-História
por Rui Serra e Moura
De facto, tanto da Antiguidade Clássica como da Pré-Clássica, temos inúmeros relatos escritos, representações gráficas, e artefactos arqueológicos, respectivamente tanto de Gregos e Romanos, como de Egípcios, Sumérios, e outros povos e civilizações do Crescente Fértil, que atestam a prática,- e daí a existência -, de música nessas épocas.
Evidentemente, conforme recuamos no tempo histórico, mais difícil se torna atestar seja o que for, até porque ao entrarmos na Pré-História, deixamos de ter relatos escritos, e tanto representações gráficas como artefactos arqueológicos vão crescentemente rareando.
E se isto sucede em paragens relativamente bem estudadas e exploradas, como as europeias e as do chamado médio-oriente, podemos apenas imaginar o que sucede no resto do planeta! Há que não esquecer que a inexorável passagem do tempo, mais frequentemente degrada e corrói objectos e documentos, do que os conserva, e que o moderno estudo da Pré-História, ao invés de como até há pouco tempo fazia, se circunscrever ao eixo África Austral – Médio-Oriente – Europa, hoje compreende e atesta a existência humana um pouco por todo o planeta, como já dissera, do Japão à América do Sul, da América do Norte à Oceânia.
Teremos assim mais esculturas e petróglifos com referências musicais, tanto das Idades do Bronze, do Ferro e do Cobre, que do período neolítico, e mais ainda que do Paleolítico. Mas parece que os artefactos arqueológicos musicais mais antigos até agora encontrados, datam de há 43.000 e 35.000 anos, e que se tratam de flautas.
Até breve.
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